quarta-feira, 17 de abril de 2013

Os carrascos dos atleTIBAs

Depois de relembrar alguns jogadores que deixaram marcas em nossa memória de forma negativa, aproveitando que é semana de clássico, acho justo lembrar aqueles que deixaram o inverso. E nada melhor que lembrar os carrascos dos atleTIBAs.

Carrasco é o cara sem dó, executa a sentença e não está nem aí com choro alheio. Trazendo para o futebol, funciona da mesma forma: é o que entra e decide. Fato que sua torcida sabe... e a do rival principalmente.

Em sua história o Coritiba carrega inesquecíveis carrascos, como por exemplo, Tostão, o grande camisa 10 dos anos 80 e 90 e Pachequinho, o baixinho infernal da década de 90. Mas separei apenas alguns, de um passado não tão distante.

LUIZ MARIO E TUTA EM 2004

O Campeonato Paranaense de 2004 seria decidido em dois jogos, dois atleTIBAs eletrizantes. O primeiro deles foi no Couto Pereira. Uma partida mais verde e branca que vermelha e preta. Digna do placar favorável a nós por 2x1, sendo o último gol um belíssimo golaço (é merecedor dos dois adjetivos) do carrasco dessa partida: Luiz Mário acertando o ângulo após um chute na entrada da grande área.

Fazer a torcida lá de baixo se calar é a principal característica desses jogadores e quando se fala em silêncio, a primeira imagem que vem a mente é a de Tuta e seu sinal de silêncio em 2004, repetido posteriormente por vários outros autores de gols em clássicos. Coxa e Atlético faziam mais um jogo que decidiria o campeão estadual daquele ano. Um empate no já era suficiente para levar o caneco. Mas o adversário foi atrás do prejuízo e vencia por 3x2 já aos 30 minutos do segundo tempo, enquanto a torcida vermelha fazia a festa e todo barulho possível. Porém, Tuta não desperdiçou a bobeira dada pela zaga e fez o gol que nos deu o troféu para trazer pra casa. Com o dedo indicador nos lábios, o centroavante calou a festa rubro-negra.

Tuta calando a torcida atleticana com seu gesto histórico
HENRIQUE DIAS EM 2008
  
Emoção e nervos a flor da pele são sentimentos que nós, Coxas Brancas, conhecemos bem. Às vezes parece até que o time faz de propósito. A decisão do estadual de 2008 novamente é um exemplo: as duas equipes da capital paranaense decidiriam o titulo. O primeiro jogo novamente no Alto da Glória e nossa vitória por 2x0. Na finalíssima nossa vantagem era de perder por até um gol de diferença. Mas claro que o Verdão, a fim de fazer teste de cardíaco com seus torcedores, acabou deixando com que o rival conseguisse a diferença de dois gols, o que levaria a decisão para as penalidades máximas. Até que Henrique Dias, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, consegue chegar e balançar as redes. Mais uma vez, um balde de água fria nos vermelhos que já ensaiavam suas comemorações. O garoto a partir deste gol, no tempo em que esteve no Coxa, foi chamado de “iluminado”. Perdemos este jogo, é verdade, mas levamos o titulo!
Henrique Dias comemora seu gol que deu o título daquele ano ao Coritiba.

MARCOS AURÉLIO EM 2009 E 2010

Marcos Aurélio era um especialista em decidir atleTIBAs. Baixinho, mas botava medo em muito rubro negro. Posso citar duas vezes em que foi o carrasco: em 2009, quando a situação já estava se complicando para o Alviverde no Campeonato Brasileiro e esse seria o atleTIBA do centenário. Jogo no Couto, disputado e quente. O Atlético saiu na frente, mas logo o Verdão empatou com Ariel. Na volta para o segundo tempo um jogador atleticano foi expulso e o Coxa se aproveitou disso para sair em vantagem, gol de Jéci. Mas aí, novamente eles igualaram o placar. Precisando vencer para respirar na tabela e sabendo que atleTIBA é um campeonato a parte, o Cori tentava mas não era eficiente. Até Marcelinho Paraíba em cobrança de falta rolar para ele, Marcos Aurélio, que não perdoou e selou a nossa vitória por 3 a 2.
Marcos Aurélio comemora o gol no último minuto, que desempatou o clássico.

E em 2010 no Campeonato Paranaense, foi ele quem abriu o caminho para o nosso 34º titulo estadual, na decisão. Fez o primeiro gol e Geraldo mais tarde ampliou. E foi ele ainda quem empatou o clássico anterior e permitiu que o supermando ficasse com a gente na decisão.

BILL EM 2011

Talvez me questionem sobre a colocação do Bill nessa lista, mas não se pode negar que mesmo sem muita técnica e qualidade, o cara era oportunista e infernizou a vida dos capeanos em sua passagem pelo Coritiba. Tanto que ele não cairia na graça da torcida e o coro de “Bill Bill Bill” não seria entoado à toa. Em quase todo clássico ele dava um jeitinho de marcar. Citarei novamente o meu atleTIBA favorito, ao qual já falei sobre aqui no blog (clique aqui e leia: O meu atleTIBA inesquecível). Final do Paranaense, Arena da Baixada. Time invicto, voando na competição. Uma vitória e mais uma comemoração no meio estádio. Dos três gols, dois foram de Bill. Leonardo apenas matou aquele que já estava morto, quem deu mesmo o caminho para o bicampeonato, neste jogo foi o Buffalo.
Bill comemora seu primeiro gol nesta final, ao melhor estilo.

E aí, lembram desses? E quais os seus carrascos inesquecíveis?

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